Câncer de pele

  1. Estou com uma suspeita de câncer de pele. E agora?

    Antes de pensar em tratamento, é necessário realizar uma consulta com um médico especialista em Dermatologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (http://www.sbd.org.br), para verificar se há mesmo uma suspeita, e avaliar a necessidade de uma biópsia da pele doente para confirmação do diagnóstico.
     
  2. O que é uma biópsia de pele?

    A biópsia de pele é um pequeno procedimento em que o médico Dermatologista remove uma pequena quantidade do tecido para ser analisado no microscópio.
     
  3. Câncer de pele tem cura?

    Sim. Mas isso depende do tipo de câncer e do estágio quando foi realizado o diagnóstico. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as taxas de cura.
     
  4. Câncer de pele pode matar?

    Sim. Além do crescimento e destruição do tecido no local, por vezes invadindo até o osso e estruturas nobres, alguns tumores com alto grau de malignidade podem se espalhar rapidamente para os outros órgãos do corpo através dos vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
     
  5. Quais os principais tipos de câncer de pele?

    Os principais tipos são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, melanoma, carcinoma anexial microcístico e dermatofibrossarcoma protuberans, dentre outros.
     
  6. Quais os tratamentos disponíveis para o câncer de pele?

    Existem diversos tratamentos, cada qual com suas vantagens e desvantagens.  O tratamento padrão ouro, com taxas de curas de aproximadamente 99-95% é a cirurgia micrográfica de Mohs, e está indicada para tumores de pele de alto risco. Converse com o seu dermatologista para saber se o seu caso possui indicação para cirurgia micrográfica de Mohs. Tratamentos para tumores de baixo risco incluem criocirurgia, radioterapia, cirurgia convencional ou tratamento tópico com cremes ou pomadas. Tumores com metástases para outros orgãos são tratados de forma conjunta com uma equipe multidisciplinar.
     
  7. Quais as indicações, vantagens  e desvantagens da cirurgia convencional?

    A cirurgia convencional é o método de escolha para tumores de baixo risco. Na cirurgia convencional o médico remove uma porção da pele e logo em seguida já faz a sutura da lesão, por vezes com retalhos ou enxertos. A porção de pele doente é processada, e o resultado das margens pode levar, em média 1-2 semanas. A pele que foi removida é processada pelo método de amostragem, e menos de 1% das margens cirúrgicas são examinadas. Em tumores de alto risco tratados por esse método, o cirurgião e o paciente podem equivocadamente achar que todo o câncer foi removido, mesmo com um resultado de que as margens estão livres (lembre-se que menos de 1% das margens são examinadas), para meses ou anos depois, descobrir que ficaram "raízes" do câncer.  Como a pele foi suturada, algumas vezes até com retalhos, sem saber realmente se todas as margens estavam livres ou não, pode haver um "espalhamento do tumor" tornando, por vezes, extremamente complexo um caso que poderia ter sido facilmente curado. Isso pode acontecer, mesmo se houver uma margem de segurança, uma vez que as "raízes" são microscópicas. Dessa forma, para os tumores de pele de alto risco está indicada a cirurgia micrográfica de Mohs.
     
  8. O que é um câncer de pele de alto risco?

    São critérios de alto risco: tumores com bordas mal definidas ou tumores que já foram tratados e voltaram ou tumores que se localizam em área especiais como nariz, orelhas, pálpebras, sobrancelhas, boca, ao redor dos olhos e boca. Tumores com histologia agressiva (ex. infiltrativo), pacientes transplantados ou com diminuição do sistema imune também são considerados de alto risco.

Tire suas dúvidas sobre câncer de pele

Para saber mais:

www.aad.org/public/diseases/skin-cancer
www.skincancer.org/skin-cancer-information